segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vídeo sobre sustentabilidade - Banco do Brasil

Aula 9 - O conceito de Impacto Ambiental (extra)


A morte do Mar de Aral é considerado por muitos meios de comunicação e referência, como o pior impacto ambiental da história.

Impacto ambiental é todo efeito no meio ambiente causado pelas alterações e/ou atividades do ser humano. Conforme o tipo de intervenção, modificações produzidas e eventos posteriores, pode-se avaliar qualitativa e quantitativamente o impacto, classificando-o de caráter "positivo" ou "negativo", ecológico, social e/ou econômico.


Aspectos Jurídicos


O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um dos instrumentos de avaliação de impacto ambiental, instituído no Brasil dentro da política nacional do meio ambiente, através da resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 001/86, de 23 de janeiro de 1986. Trata-se da execução, por equipe multidisciplinar, das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar, sistematicamente, por meio de métodos e técnicas de previsão dos impactos ambientais.
O estudo realiza-se sob orientação da autoridade ambiental responsável que, por meio de instruções técnicas específicas, ou termos de referência, indica a abrangência do estudo e os fatores ambientais a serem considerados detalhadamente. Tal estudo é essencial para se obter o
licenciamento ambiental para o funcionamento de um empreendimento ou uma ação humana, como por exemplo, a instalação deindústria ou agricultura.
Todo projeto humano pode ser obrigado a realizar Estudos Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e apresentar o respectivo Estudo (EIA), o
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), os projetos de atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas de significativo potencial de degradação ou poluição, e as medidas mitigadoras (que em certos casos são obrigatórias). Nos casos mais complexos, que envolve muito espaço, muitos recursos, e pode atingir muitas pessoas, como na instalação de aeroportos ou hidrelétricas, o licenciamento ambiental pode necessitar de uma série de procedimentos específicos, inclusive da realização de audiência pública com os diversos segmentos da população interessada ou afetada futuramente pelo feito.


Atividades como Impacto Ambiental


Construção de rodovias;
Construção de
Ferrovias;
Construção de
Portos e terminais;
Construção de
Aeroportos;
Instalação de
oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgoto;
Instalação de linhas de transmissão de
energia elétrica (acima de 230 kV);
Obras hidráulicas para fins de
saneamento, drenagem, irrigação, retificação de curso d'água, transposição de bacias, canais de navegação, barragenshidrelétricas, diques;
Extração de combustível fóssil (
petróleo, xisto, carvão, gás natural);
Extração de minério;
Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
Instalação de usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária (acima de 10 MW), inclusive a instalação de
parques eólicos;
Complexo e unidades industriais e agro-industriais (
petroquímicos,siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);
Distritos industriais e zonas estritamente industriais (ZEI);
Exploração econômica de
madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
Projetos urbanísticos (acima de 100 ha), ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental;
Qualquer atividade que utilize
carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia.
Resumo Impacto ambiental é qualquer ação d homem na natureza.Existem dois tipos de impactos ambientais: ° Positivos- algo benéfico para a natureza; Negativos- algo maléfico para a natureza.




Aula 7 - O que é Planejamento Ambiental

Planejamento Ambiental já!
Maria Ribeiro Franco argumento que a vida futura no planeta só é possível mediante o Planejamento Ambiental. Segundo ela essa mudança de paradigma dar-se-á com a inclusão da visão ecossistêmica em três instâncias:
Nos Ecossistemas Urbanos

Nos Agroecossistemas

Nos Ecossistemas Naturais


. A Agenda 21, em seu cap. 7, prescreve a necessidade do Planejamento Ambiental, afirmando que a redução da pobreza urbana só será possível mediante o planejamento e a administração do uso sustentável do solo.

. Áreas ambientais frágeis ou sujeitas a catástrofes devem ser identificadas para medidas especiais de proteção.

. Desenvolvimento urbano sustentável:

. suprimentos de água;
. qualidade do ar;
. drenagem;
. serviços sanitários e rejeitos de lixo sólido e perigoso;

. Tecnologia de obtenção de energia mais eficiente:

. fontes alternativas e renováveis de energia: energia solar, hídrica e eólica.
. sistemas sustentáveis de transportes;
. reflorestamento para obtenção de energia de biomassa;


. A Agenda 21 chama a atenção para as atividades sustentáveis no ramo da indústria da construção dizendo que, ao mesmo tempo que o setor de construção pode ajudar a alcançar muitos objetivos na área da habitação, incluindo abrigo, infra-estrutura e emprego, elas podem também esgotar recursos naturais, degradar ecozonas frágeis, causar a poluição química e prejudicar a saúde humana como o uso de materiais de construção perigosos.



Do progresso ao desenvolvimento sustentável

Definições conceituais do economista-ecológico Robert Castanza

. Progresso: a idéia de progresso e de desenvolvimento econômico envolve a noção de crescimento em uma determinada direção formando um sistema de equilíbrio estático frequentemente considerado pela economia convencional;

. Evolução: a evolução é o processo de alteração dentro de sistemas complexos através da seleção de traços transmissíveis. Sejam esses traços tanto de formas dos organismos e suas características comportamentais programadas, transmitidas geneticamente, quanto instituições e comportamentos de culturas, transmitidos através de artefatos culturais, livros e lendas à volta da fogueira; ambos são processos evolutivos. (CASTANZA, 1992, p. 219).

. Conceito de secularização do mundo:

. Contexto histórico (entre os séculos XVI e XVIII) em que o teocentrismo (Deus no centro do mundo) deixa de ser o aspecto convergente da visão de mundo. Primeiramente o antropocentrismo e posteriormente (século XIX – século da morte de Deus – desencantamento do mundo) a visão tecnocêntrica (cientificismo e tecnicismo) é colocada como fator pontual.

KANT E COMTE – O HOMEM - O SUJEITO NO CENTRO

. Comte – precursor da ecologia?

. Para Augusto Comte a sociedade é constituída de um complexo sistema que pode ser analisado como orgânico ou mecânico.

. Essa teoria é a que explica a relação das partes com o todo, fazendo possível a primazia do meio sobre as unidades de vida humana, inclusive as individuais. A “ordem social” se impõe, portanto sobre a “ordem natural”. A nova visão conduz assim, no campo do direito, à Declaração dos Direitos do Homem de 1789 (Revolução Francesa) e por extensão ao Código Civil nos dias atuais.

A Ecologia é a ciência que estuda os ecossistemas, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição e abundância [1]. As interações podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente. A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos", que significa casa, e "logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive.
O cientista alemão Ernst Haeckel, em 1869, usou pela primeira vez este termo para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.

Ver – p. 25 – O imaginário heróico da conquista da natureza pelo homem, tão importante para a moderna ideologia do progresso.

. O arquétipo do herói conquistador da natureza selvagem

. Marduk x Tiamat – Babilônia
. Hórus x Hipopótamo – Egito
. Perseu x Górgona
. Apolo x Píton – ambos na Grécia
. São Jorge x Dragão – Idade Média (Europa)

Sheldrake afirma que a aceleração crescente do poder tecnológico só encontra respaldo no “mito do Dr. Fausto” (Goethe), ou na obra Frankenstein (Mary Shelley).

. Os quatro fatores de ordem antropogênica que mais influenciam na sustentabilidade ambiental são: a poluição, a pobreza, a tecnologia e os estilos de vida.

Ver p. 27 – críticas a economia clássica

. Economia Ambiental – Economia Ecológica

- O termo sustentabilidade apresenta um caráter dinâmico que se afasta muito da idéia de equilíbrio estático dos economistas clássicos, refere-se a um processo evolutivo sustentável de mudança contínua.

. Para Maria Franco o desenvolvimento sustentável só sairá dos discursos vazios e alcançara o campo da ação quando ecologia e economia estiverem atuando nos mesmos discursos e práticas. (A ecologia é inseparável da economia).

Ementa e Plano de Ensino

CURSO: ENGENHARIA
DISCIPLINA: DESENV. E SUSTENT.
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5h/a
SÉRIE:: 3º Semestre
TURNOS: Matutino/Noturno
AVALIDADE: 1º semestre/ 2010
PROF.: PEDRO CÁCERES
E-mail: logos71@hotmail.com
FONE: 8532-4031


I ‑ EMENTA

A disciplina aborda conceitos relativos à sustentabilidade do meio ambiente, suas relações com o setor produtivo e a influência para a competitividade das empresas modernas.
São apresentadas diversas famílias de indicadores, que oferecem diferentes vantagens aplicáveis para análise de território, de ecossistemas, ao estudo da produção industrial e do ciclo de resíduos.

II - OBJETIVOS GERAIS

Apresentar as tipologias e perspectivas do desenvolvimento sustentável, bem como a evolução histórica da preocupação ambiental, analisando os impactos decorrentes da produção industrial e as alternativas para mitigar tais impactos. Descrever as modernas ferramentas e técnicas visando a sustentabilidade das sociedades modernas.

III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

No final do curso o aluno deverá ser capaz de:
(1) apresentar e reconhecer as tipologias da sustentabilidade.
(2) refletir sobre os impactos ambientais decorrentes da produção industrial e as alternativas para mitigar tais impactos.
(3) conhecer as modernas ferramentas e técnicas visando a melhoria da competitividade ambiental das empresas

IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

01. O que é desenvolvimento
02. O que é desenvolvimento sustentável
03. O que é planejamento Ambiental
04. Progresso e desenvolvimento sustentável
05. O conceito de impacto e risco ambiental
06. Definições de Planejamento ambiental
07. Desenvolvimento sustentável e globalização
08. Os desafios da sustentabilidade
09. Os objetivos de desenvolvimento do Milênio
10. Ecologia industrial
11. Tipos de sustentabilidade fraca, média e forte
12. A engenharia da sustentabilidade
13. Métricas e indicadores de sustentabilidade
14. Ferramentas da sustentabilidade

V – ESTRATÉGIAS DO TRABALHO

Para atingir os propósitos da disciplina, serão desenvolvidas aulas expositivas dialogadas, com ampla discussão dos diversos aspectos que compõem a realidade do meio ambiente, da sociedade e do desenvolvimento técnico-científico. Serão privilegiados, ainda, os debates, trabalhos intra e extraclasse individuais e em equipe, leitura dirigida de textos e artigos selecionados, elaboração e apresentação de resumos de matérias publicadas em revistas e jornais especializados sobre o conteúdo programático e outras atividades que busquem desenvolver as competências e habilidades do profissional.
VI ‑ AVALIAÇÃO

O processo formal de avaliação do aprendizado compreende duas avaliações bimestrais, sendo que as notas destas avaliações poderão ser compostas por notas de provas, trabalhos intra e extraclasse, seminários e participação em sala de aula que possibilitem a aquilatação das competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso. De fundamental importância para este desenvolvimento, à avaliação do aprendizado deve ser executada em todos os momentos, em cada atividade intra e extraclasse, privilegiando a formação integral do aluno.

VII ‑ BIBLIOGRAFIA BÁSICA

CARVALHO, Isabel C. de Moura, Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico – 4ª. Ed – São Paulo: Cortez, 2008.
B. F. GIANNETTI, C.M.V.B. ALMEIDA, “Ecologia Industrial: Conceitos,
ferramentas e aplicações”, Edgard Blucher, São Paulo, 2006.
F. ALMEIDA, “Os Desafios da Sustentabilidade”, Editora Campus, São Paulo, 2007.
VIII ‑ BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

B. BECKER, C. BUARQUE, I. SACHS, “Dilemas e desafios do desenvolvimento sustentavel”, Garamond, São Paulo, 2007.
FRANCO, Ma. da A. Ribeiro, Planejamento Ambiental para a cidade sustentável. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2001.
J. DIAMOND, “Colapso: Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso”, Editora Record, São Paulo, 2005
E. BATISTA, R. CAVALCANTI, M. A. FUJIHARA, “Caminhos da Sustentabilidade no Brasil”, Terra das Artes, São Paulo, 2006.
H. M. VAN BELLEN, “Indicadores de Sustentabilidade”, Editora FGV, São Paulo, 2005.
M. L. GUILHERME, “Sustentabilidade sob a Ótica Global e Local”, Annablume, São Paulo, 2007.

PLANO DE CURSO

1ª. Aula – Apresentação do programa da disciplina

2ª. Aula – Introdução ao pensamento Sustentável

3ª. Aula – Conceitos de Sustentabilidade

4ª. Aula – Conceitos de Desenvolvimento

5ª. Aula – Desenvolvimento Sustentável

6ª. Aula – Análise crítica do filme Povoado dos Moinhos (Sonhos – Akira Kurosawa)

7ª. Aula – O que é planejamento Ambiental

8ª. Aula – Progresso e desenvolvimento sustentável

– Semana de Prova NP1 (agendada).

9ª. Aula – O conceito de impacto e risco ambiental e Ética Ambiental

10ª. Aula – Definições de Planejamento ambiental

11ª. Aula – Desenvolvimento sustentável e globalização

12ª. Aula – Os desafios da sustentabilidade

13ª. Aula – Os objetivos de desenvolvimento do Milênio

14ª. Aula – Ecologia industrial - Tipos de sustentabilidade fraca, média e forte

15ª. Aula – A engenharia da sustentabilidade - Métricas e indicadores de sustentabilidade

16ª. Aula – Ferramentas da sustentabilidade

– Semana de Prova NP2 (agendada).



OBSERVAÇÕES GERAIS:
- Todos os trabalhos deverão ser entregues digitados e com as normas da ABNT.
- Proibido o uso de celulares em sala de aula, observando que sempre que tocar será computado pontos negativos para o aluno.
- Atividades que não cumprirem os prazos estipulados valerão somente metade da nota prevista para a atividade e só serão aceitos até uma semana após a data marcada.
- Este plano está sujeito a alterações no decorrer do semestre.
- O estudante não deve deixar de realizar as provas bimestrais, caso isso ocorra, por motivo de força maior, o mesmo será submetido à prova substitutiva (final do semestre) que contará com os conteúdos dos dois bimestres. Por essa razão, a prova substitutiva deve ser evitada.